sexta-feira, 22 de abril de 2011

Unidade3atv2

GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ.
NÚCLEO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL – MARCO ZERO.
UNIDADE 3, ATIVIDADE 2.
PROFESSORA: SANDRA SANTOS.
CURSISTA: JAIRES MEDEIROS.

TEMA: Os desafios da linguagem do século XXI para a aprendizagem na Escola.

Conforme as leituras que faço, e a realidade que vivenciamos, percebo que a Escola está distante dos desafios do século XXI. O assunto hoje, adotado pelos políticos partidários, nos palanques dos comícios, antes das eleições, é que as Escolas estão preparando seus alunos para a era digital, mas, na realidade, a propaganda é enganosa. O fato é que, quando as crianças de hoje forem para o mercado de trabalho, elas terão de usar computadores, e na escola não usa. Algumas crianças têm acesso à tecnologia e se desenvolvem de uma maneira diferente - gostam menos ainda da escola porque acham que aprendem melhor na internet. As novas alfabetizações estão entrando em cena, e o Brasil não está dando muita importância a isso, usam apenas uma Escola para fazer propaganda na mídia, – estamos encalhados no processo do ler, escrever e contar. Na escola, a criança escreve porque tem que copiar do quadro. Na internet, escreve porque quer interagir com o mundo. A linguagem do século XXI – tecnologia, internet – permite uma forma de aprendizado diferente. As próprias crianças trocam informações entre si, e a escola está longe disso. Não acho que devemos abraçar isso de qualquer maneira, é preciso ter espírito crítico - mas não tem como ficar distante. A tecnologia vai se implantar aqui “conosco ou sem nosco”(conforme Pedro Demo). A Escola precisa mudar para acompanhar o ritmo dos alunos? Precisa, e muito. Não que a Escola esteja em risco de extinção, não acredito que a escola vai desaparecer. Mas nós temos que restaurar a Escola para ela se situar nas habilidades do século XXI, que não aparecem na Escola. Aparecem em casa, no computador, na internet, na lan house, mas não na Escola. A escola usa a linguagem de Gutenberg, de 600 anos atrás. Então acho que é aí que temos que fazer uma grande mudança. Chamo atenção para um assunto muito sério, que é a extinção do curso de magistério, o que gradativamente está deixando uma interrogação. As pessoas que estão fazendo pedagogia com habilitação nas séries iniciais, não vão ficar eternamente como professora, devem trocar de área na primeira oportunidade que aparecer, haja vista as demais formações terem seus amparos estruturais bem favoráveis ao seu desempenho profissional. Se os políticos partidários quiserem mudança e dar qualidade na Educação, tem que deixar as promessas teóricas e executar a prática. Para mim, essa grande mudança começa com o professor. Temos que cuidar do professor, porque todas essas mudanças só entram bem na Escola se entrarem pelo professor – ele é a figura fundamental. Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das tecnologias, e deve se portar como tal. Ao longo de anos, a organização do trabalho escolar tem-se dado por meio das disciplinas, cujo enfoque preserva a identidade, a autonomia e os objetivos próprios de cada uma delas. Tomando os objetivos das áreas de conhecimento organizadoras da educação básica, vemos que os estudos na área de códigos e linguagens visam à compreensão do significado das letras e das artes; dar destaque à língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania. O eixo curricular dessa área pode ter como referência a construção do sujeito nas relações inter-subjetivas e coletivas mediadas pelas linguagens.
Os estudos das ciências da natureza e da matemática devem destacar a educação tecnológica básica e a compreensão do significado da ciência. Um eixo de organização dos conteúdos pode ser a complexidade e o equilíbrio dinâmico da vida no processo de desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade. O trabalho sistematizado com leituras de publicações diversas, além do livro didático, selecionando temas e construindo objetos de estudo capazes de integrar os conhecimentos trabalhados nas respectivas áreas de conhecimento e interdisciplinarmente; envolvimento dos alunos nesse processo de escolha; valorização da cultura e o contexto local referenciados na cultura global, levando-se em conta os interesses, a realidade e os projetos pessoais/sociais dos alunos; a produção própria e coletiva dos textos, de acordo com a identidade da escola, dos alunos e da região, de forma a ultrapassar a perspectiva homogeneizante imposta pelo livro didático;
A realização de atividades práticas, como aulas em laboratórios e visitas de campo, tais como fábricas, estações de tratamento de água e de esgoto, estações de geração elétrica, áreas de atividades agropecuárias, reservas de preservação ambiental, museus histórico-científicos etc, explorando os recursos externos à escola e aprofundando o conhecimento sobre a realidades econômico-produtiva, social e cultural da região;
A formação básica para o trabalho é defendida como necessária para se compreender a tecnologia e a produção, com o propósito de preparar os jovens para a realidade contemporânea e futura.

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